quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O dinheiro mais uma vez falou mais alto



Por: Paulo Vitor Moraes

Neymar conseguiu o que queria. Dorival Jr. foi mandado embora após não relacioná-lo para o clássico contra o Corinthians. Numa medida correta, o ex-treinador santista procurou conservar a sua autoridade junto ao grupo de jogadores e principalmente ao mimado Neymar. Mas a vontade do Dorival não foi suficiente para “baixar a bola” do menino da vila.
Mais uma vez o dinheiro falou mais alto. O Santos fez um enorme esforço para manter Neymar por aqui, mesmo a contra-gosto do empresário do jogador, Wagner Ribeiro, que não queria perder a oportunidade de receber uma gorda comissão.
O clube fez um plano de carreira para o jogador, estabeleceu metas, como convocações para a seleção, artilharia, títulos, para que o jogador receba prêmios altíssimos.
A diretoria do Santos não tomou a decisão de demitir Dorival Jr. sozinha. Muito pelo contrário. Foi pressionada por várias partes interessadas na valorização do atleta.
Deixar Neymar de fora de um clássico, para essas partes interessadas, seria muito ruim, pois poderia começar uma desvalorização do jogador.
Algumas pessoas foram decisivas na decisão da diretoria do Santos em mandar Dorival embora. Wagner Ribeiro, que foi contrário a permanência do jogador no Brasil, foi um deles.
Empresários de diversos ramos, que ajudam a manter os salários dos jogadores em dia, inclusive o de Neymar , também pressionaram a diretoria santista.
O fato é que o Santos pode ter dado “um tiro no próprio pé”. Quando Renê Simões, técnico do Atlético GO, disse que estaria criando um monstro, ele não exagerou.
Não confundam personalidade forte, com falta de educação e falta de humildade.